domingo, 28 de setembro de 2008

Não é normal

Se a Deus fosse incumbida a tarefa de atribuir um sinônimo a palavra guerra, sem dúvida, ele sentenciaria dizendo: GRE-NAL. Há tempos que o clássico do Rio Grande não é apenas um jogo, o confronto atingiu um plano metafísico cuja grandeza define-se em algo simplesmente inimaginável. Jornalistas, comentaristas, estudiosos e amantes do futebol não hesitam em dizer que o clássico gaúcho é o maior do Brasil, quiçá do Mundo. Qualquer jogador que tem o privilégio de viver um GRE-NAL não titubeia em declarar que nada é tão intenso quanto essa rivalidade. Não é para menos, a história mostra o por quê.


Investido de toda essa mística, seria um ultraje negar que o jogaço de hoje será, nada mais, nada menos, que o maior GRE-NAL do século XXI. O impacto da partida é impressionante. Desde segunda-feira o espírito do confronto estava nas entranhas de Porto Alegre: dirigentes trocando farpas durante toda a semana, discutindo sobre arbitragem, criticando o rival e tudo mais o que tinham direito, já jogadores e técnicos, como manda o script, mantiveram a postura e acabaram por elogiar o adversário. No quesito arbitragem, o juizão será Evandro Rogério Roman. Gaúcho, mas federado no Paraná, vamos dizer que a escolha da CBF não fede, nem cheira.


A rivalidade esquenta, a ansiedade aumenta.


Às 18:10h do dia 28 de setembro de 2008 terá início a batalha. De um lado, o Internacional busca a vaga na Libertadores no ano de seu centenário. Do outro, nós, o Grêmio. Mais uma vez, apesar da liderança, desacreditados, criticados, decadentes... São nesses momentos que costumamos mostrar nossa Imortalidade. Que não seja diferente dessa vez.


Recordar é viver!


Tínhamos acabado de perder do Boca a taça da Libertadores da América. Desacreditados, abatidos, desfalcados, zombados, fadados ao insucesso, e, segundo eles, mortos. Será?


Fomos lá no Beira-Rio e provamos mais uma vez que JAMAIS NOS MATARÃO! Dois a zero. Lúcio e Diego Souza (ele mesmo!). Mano Menezes, mesmo com cinco desfalques deu um nó na cabeça do Abelão. Calamos o estádio. Calamos a imprensa. Calamos o Rio Grande. Calamos o Brasil. De novo.


Que sirva de exemplo para hoje.


Alento.


É por essas e outras que dá orgulho ser gremista. Cinco mil pessoas no treino? Para ser sincero nunca vi isso em clássico mundial nenhum. Nem em Brasil e Argentina. Os jogadores que recentemente passaram a vestir o manto tricolor ficam estupefatos. Quem vê de fora se assusta. Mas o que podemos dizer? Nossa história é assim.


Mas vai dizer que é normal? Não, meus amigos, não é normal...

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