quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Cada um no seu quadrado

O campeonato vai se afunilando e os caminhos vão ficando cada vez mais estreitos. Está cada vez mais difícil pensar somente no próximo confronto com tem sido desde o início. Os três primeiros colocados dependem somente de si para sagrarem-se campeões, o problema, meus amigos, é que para isso acontecer, um vai ter que enfrentar o outro: cara a cara. Como tem sido também há tempos no Brasil, só futebol não é suficiente, o STJD tem que dar as caras e ser mais pop que o Papa. Além de trucidar o Tricolor, quer acabar com o melhor campeonato dos últimos tempos.


Contudo, pegue uma borracha e passe no parágrafo acima. Esqueça tudo e tente enxergar apenas cinco letras: Sport. S-P-O-R-T. Sport. Esse nome é chato e fica martelando na cabeça. O time vive um morno banho-maria no campeonato. Já conseguiu no decorrer da competição aquilo que apenas 4 equipes conseguirão ao final dela e por causa disso não “tá nem aí prá nada”. O único compromisso que os jogadores têm é de mostrar serviço para garantir uma vaguinha no time para a disputa da Taça Libertadores da América, edição 2009. Então, quem acha que os Carlinhos Balas vão chegar no Olímpico e simplesmente entregar a paçoca, “toma Grêmio, mais uma vitória fácil, seja campeão!”, está pra lá de enganado. Para quem tem memória de elefante, foram eles que mataram o porco e comeram uma baita feijoada em pleno Palestra. Um sapeca-iaiá daqueles.


Agora, saia do Nordeste e volte sua mente para o Sul. O Grêmio. Depois do 1º turno mais estável da história da equipe e do campeonato, surpreendentemente, podemos apelidar nosso time, na conjuntura atual, de “time de onda”. Vai e volta. Vai e vem. No 2º turno o Grêmio é oito ou oitocentos – não é nem oitenta não. Amanhã contra o Leão é, mais uma vez, a chance de dar início a uma caminhada de sucesso, sem tropeços. Se antes, cada jogo era tido como uma final de campeonato, a partir de agora é FINAL DE COPA DO MUNDO. Quem entrar em campo tem que suar sangue. Sangue azul. A camisa deve ser confundida com a própria epiderme. É só olhar para o outro lado, relembrar da época em que Sandro Goiano vestia o manto tricolor e empunhava a braçadeira de capitão. Lembre-se, assim, do que aquela camisa é capaz de fazer e do que aquela torcida pode promover. Só não vale EXCESSO, por favor. Quem tem mais de um time inteiro à beira da suspensão não pode dar margem para que Paulo Schmitt nenhum passe a crer ser a reencarnação do Presidente do Tribunal da Santa Inquisição Espanhola.


Será dessa maneira que vamos encarar tal partida. Cada qual no seu lugar. Cada um com sua meta. Se o Sport está “brincando” a la Renato Gaúcho no Campeonato Brasileiro, desculpe-nos, não é problema nosso. No nosso chopp é que eles não podem jogar água. Esse deve ser o espírito. Esse deve ser o objetivo. O Grêmio pode e vai sair campeão.

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