sexta-feira, 3 de abril de 2009

Merdas Sucessivas.

Se achávamos que nada poderia ser pior do que a presepada do Senhor Juarez com Douglas estávamos erroneamente enganados. A crítica de Roth a Douglas Costa causou o rebuliço necessário para instalar no Grêmio um animus necandi por parte da imprensa. A declaração era a peça que faltava na engrenagem jornalística para a tentativa final de o motor rothiano pifar de vez. O guri - mais guri do que muitos pensam - apesar de não saber m*rda nenhuma, teve apenas um papel de figurante na estória toda. Foi apenas um pretexto para atacarem Roth, mais uma vez. Só para frisar: nada justifica a atitude do nosso treinador. Futebol não é lugar de finèsse mas também náo é local para habitação de neandertais. Quem agradece é o sensacionalismo! Seu prato está cada vez mais farto, ainda mais se no banco do réu figurar o nome de Celso Roth. Pena nosso comandante transparecer a vontade de cuspir cada vez mais no prato.

Se fosse só isso, tudo bem. Só que o parágrafo passado não tem relevância nenhuma após o VEXATÓRIO episódio pelo qual o torcedor gremista foi obrigado a passar nesta quinta-feira. Com mais uma inédita escalação dos reservas cuja imutabilidade chega a assombrar o mais camarada dos fantasmas, mais um desembaraçoso desempenho. Mais vergonhoso que o desempenho só mesmo as desculpas. Roth e Krieger estão se aperfeiçoando e criando novas vertentes para as escusas.

Se existia o famigerado planejamento dentro do Olímpico, deu com burros n'água. Porque ninguém planeja um clássico contra o arqui-rival um dia após seu centenário em plenas quartas-de-final do Gauchão. Descontando um mero detalhe: tem jogo da Libertadores 2 dias após o Gre-nal. Portanto, o pHd em planejamento de Roth e Krieger serviram apenas para uma coisa: merda nenhuma - vocábulo usualmente utilizado no mundo do futebol e que muitos defendem seu uso inclusive em treinos abertos à imprensa.

Se tivéssemos que nos preocupar só com xingamentos em treinos e desculpas nos vestiários seria formidável. Mas não. Tem Grenal domingo. Jornalistas já outorgaram seu favorito. Porto Alegre se mobilizará mais uma vez. Novamente, a corda está esticada.

Mas sabe o que é pior de tudo? Iniciar 4 parágrafos com "se" e não ter a certeza de que na segunda-feira continuarei ou não usando-o.

terça-feira, 31 de março de 2009

Joguinho de segunda.

Sempre foi claro em minha cabeça: segunda-feira é dia de ressaca moral. No domingo ouve-se a Patrícia Poeta e Zeca Camargo desejando-lhe uma ótima semana e você instantaneamente pensa: "Xula que partiu, amanhã é segunda-feira!". Tuuuudo de novo. Mas não tem jeito né? Vamos que vamos.

Assim pensa o brasileiro. E assim pensaram os jogadores do Grêmio. Não há como privilegiar a equipe que representa o estado do Rio Grande pela América? Ok, então, vamos jogar segunda-feira. Esse era o "espírito" tricolor em data e hora mais insonsa possível. E assim será até o campeonato acabar: a Federação fingindo que se importa e o Grêmio fingindo que joga.

Na estreia do Monday Football Porto-Alegrense, em clima e ritmo de reunião de condomínio - sonolento no começo e com todo mundo reclamando no final: 2x0. Com Makelele ensinando o plantel a fazer gols e jogar com um pouquinho de disposição que seja.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quando o Tango prevalece ao Samba.

Digo logo: não tenho a mínima ideia de quem Juarez irá escalar contra o São Luiz. A incomensurável a aborrecível discussão continua em pauta. Escalar ou não os titulares? Eis a questão. Bom, seguindo o raciocínio lógico-dedutivo, força máxima hoje. Tirando o Alex das Minas Gerais... e é aí que eu queria chegar.

O ataque gremista vive uma crise de abstinência quanto à palavra gol. Jonas e Alex Mineiro parecem ter perdido a trilha, o caminho dele. Estrada essa tão simples para os atacantes andarem, para a dupla tricolor parece ter se transformado em percalço tortuoso. É impressionante, e inquietante ao mesmo tempo: o Grêmio não consegue fazer gols. Uma vez ou outra a bola segue seu rumo natural, mas na granda maioria das vezes, o Grêmio não converte. E não o faz em todos os estilos possíveis e impossíveis. Todos perdem, mas Jonas e Alex Mineiro ultrapassam a cota, enraivecem a torcida e a si mesmos.

Eis que surge o pretexto. A oportunidade perfeita. Faltando uma semana, para o confronto versus o Aurora dentro do Olímpico, temos 3 jogos pelo glorioso Gauchão. 2 deverão ser jogados com os titulares. Jonas está suspenso para o confronto latinoamericano. Alex Mineiro lesiona-se. É a chance de Maxi e Herrera mostrarem que o investimento foi bem polpudo e rendoso. O primeiro, então, nem se fala. Não seria essa a oportunidade de tentar um ataque novo? Jonas e Alex não rendem o esperado. Pior, seus inúmeros gols perdidos já causam ira e cólera da torcida. Herrera é o xodó da torcida. É rápido e aguerrido. Tem a alma castelhana que o torcedor gremista tanto gosta. Maxi é a esperança da torcida. A maior contratação tricolor para a Libertadores. Forte e com presença de área, enche os corações tricolores de expectativa. O momento é esse. 2 jogos para se entrosarem e definitivamente justificarem seus salários e toda ânsia da torcida gremista.

A hora é essa. Podemos ir da abstinência à overdose. Mas antes, teremos de testar. (In)Felizmente, isso passa pelo nosso querido Celso Roth. E vá saber o que se passa pela cabeça dele...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Com o Grêmio, nada é fácil.

11 de cada 10 gremistas arriscariam uma diferença de no mínimo 2 gols a favor do Tricolor na partida de ontem contra o Aurora. Eu era um deles. Afinal, os excessivos gols perdidos contra La U e Chicó poderiam ser justificados pelas circunstâncias. O primeiro tinha o peso de uma estreia, e o segundo de uma crise. Sendo assim, a terceira partida do Grêmio na LA-09 obtinha contornos de goleada. Mesmo fora de casa, o time vinha seguro, o clima era dos melhores e o adversário era fraquíssimo. Qualquer resultado diferente de uma goleada causaria espanto.

Então pronto. 2X1 sofrido. E tudo isso graças a um pavoroso e hilariante frango engolido pelo goleirão auroriano, Dulsich. Que até os 41 da etapa final era o melhor em campo. Vai entender... Mas o ponto a ser discutido da partida é outro. Não sei se é coincidência ou sina, mas existe alguma força maior que impede o Grêmio de ganhar facilmente. Com o Grêmio, nada é fácil. Tudo é sofrido e por vezes, sofrível. Parece ainda que tal força intensifica-se quando joga-se uma Libertadores. O Grêmio jogou apenas 3 partidas na competição continental e TODAS elas deram motivos de sobra para um infarte fulminante aparece de supresa nos corações tricolores.

Mas nada supera o carma gremista na quinquagésima edição da Libertadores da América: os gols perdidos. De acordo com a contagem feita por torcedores e jornalistas, 34 é o número de CHANCES CLARAS desperdiçadas. Repita comigo: 34. Isso dá em média, 11 por partida. Detalhe: fizemos 3 gols, o que em média significa 1 por partida. 10 gols perdidos para cada um marcado. Absurdamente estranho. Inexplicaevelmente explicável. O time está sofrendo de alguma transtorno. Algo que não consegue controlar ao dar aquele último chute. Alguns chamam de ansiedade, outros de incapacidade. Prefiro chamar de TOPG. Transtorno Obsessivo Pró-Gol. A vontade é tanta de marcar, a gana de ver a bola entrar é tamanha que na hora de dar aquela caprichada, o capricho nem é lembrado.

E nada disso pode ser colocado na conta de Roth. O time vem bem. Até demais. Mérito dele. Mas não pode perder tantos gols assim. Até o sempre calmo, sereno e tranquilo Victor perdeu as estribeiras. A cada gol perdido resmungava, xingava e gritava para quem quisesse ouvir.

Mas vamos lá. Líder do grupo, ao menos. Tomara que nos próximos 3 confrontos o Grêmio redima-se e goleie cada adversário impiedosamente. Condição temos, total. Já deu pra perceber.