segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Para Abrir os Olhos

Ralph Waldo Emerson disse, uma vez: ninguém pode excluir inteiramente do seu trabalho o elemento necessidade. Desde sempre é assim. Clubes em geral vivem de necessidade. Depois que perdem, necessitam ganhar. Após partidas ruins, precisam mostrar futebol. Assim que tomam gols fáceis, têm que reforçar o setor defensivo. Quando não fazem gols, necessitam de goleadores. E assim sempre será. Um ciclo sem fim. Pois quando não necessitam mais, não têm porquê existir.

O Grenal de Erechim era uma necessidade para o Grêmio. Sim, era o principal parâmetro para a LA-09, contudo, concomitantemente, representava a oportunidade/necessidade de apagar a pífia-apática-desastrosa atuação do último confronto. Ninguém gosta de perder. Clássico, então, nem se fala. Daquele jeito, aí é para esquecer mesmo. E não é que surge a oportunidade perfeita. Que juntou a fome com a vontade de comer. Um Grenal à beira da Libertadores, em pleno Gauchão.

Como nem tudo são flores, o jogo mostrou também o seu lado cruel, evidenciando as necessidades ainda vivas dentro do grupo. Necessidade e URGÊNCIA de um volante de ofício. Aquele experiente, líder e que conduza a equipe à la Dinho ou Sandro. Necessidade, não tão imediata mas fundamental, de definir o segundo atacante. Herrera, Jonas, Perea, Reinaldo. Não dá para Alex Mineiro ficar tabelando com alas e meias fora da grande área. Quem vai empurrar a bola pras redes assim? Ficou claro que o 3-6-1 recheou o meio-campo e corroborou o domínio gremista na primeira etapa. No entanto, foi o 3-5-2 que, no segundo tempo, concretizou em gols a superioridade.

E como não esquecer da necessidade de pedir ao senhor Carlos Eugênio Simon para conferir a iluminação do estádio antes de apitar alguma coisa. Se toda vez for assim, iluminação definindo Grenal, tricolores passarão a levar lanternas e lampiões para o estádio. Garanto que o farão. Veremos, finalmente, qual o real motivo dos erros.

Portanto, é bom que a direção e Roth (e Simon) abram os olhos. Todos não devem - nem podem - parar de trabalhar. Apesar de tudo, a partir de agora, cada um com seus objetivos. Uns maiores e outros nem tanto.

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