Quando anunciada a formação na qual o Grêmio enfrentaria o Nóia, Roth pode ouvir suas 5 últimas gerações serem xingadas. Uns preferiram esperar para ver, mas a grande maioria não economizou nas homenagens ao nosso treinador. Soltaram o verbo, sem dó nem piedade. Reafirmavam o erro que foi sua renovação, soltavam farpas contra sua capacidade e diziam que o maior adversário do Grêmio na Libertadores estaria no próprio banco.
Mas, para felicidade geral da nação, Celso Roth e seu 3-6-1 silenciaram corneteiros de plantão. Até mesmo aqueles que optaram por não criticar Juarez, surpreendaram-se. Não com o placar. Afinal de contas, bater em cachorro morto é fácil. A supresa ficou por conta da construção dos 5x1. Em suma, a atuação. Ninguém esperava que jogar com apenas um atacante poderia tornar-se tão ofensivo. Em um esquema cuja ofensividade não depende do número de atacantes e sim da forma como que se ataca. No domingo, pode-se assistir um verdadeiro carrosel em azul, preto e branco. Prova disso é Tcheco cabeceando (e fazendo o gol!). Ou Souza, assim como o capitão primeiramente, chegando como um legítimo centroavante na área (e fazendo o gol!). Ou Jonas, o único do ofício, não fazendo gol.
Aqueles cujas línguas afiadas não sabem esperar não conseguiram foi perceber e/ou entender a mudança do Grêmio 2008 para a versão deste ano. Variedade. Versatilidade. São novas palavras, ou melhor, novos conceitos que serão rotineiramente treinados e aplicados durante a Libertadores. Celso Roth testa todos os áses em sua manga, nunca antes revelados. E pelo andar da carruagem, é melhor não julgar nada antes de ver. Como vovó já dizia: em boca fechada não entra mosca.
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