quinta-feira, 26 de março de 2009

Com o Grêmio, nada é fácil.

11 de cada 10 gremistas arriscariam uma diferença de no mínimo 2 gols a favor do Tricolor na partida de ontem contra o Aurora. Eu era um deles. Afinal, os excessivos gols perdidos contra La U e Chicó poderiam ser justificados pelas circunstâncias. O primeiro tinha o peso de uma estreia, e o segundo de uma crise. Sendo assim, a terceira partida do Grêmio na LA-09 obtinha contornos de goleada. Mesmo fora de casa, o time vinha seguro, o clima era dos melhores e o adversário era fraquíssimo. Qualquer resultado diferente de uma goleada causaria espanto.

Então pronto. 2X1 sofrido. E tudo isso graças a um pavoroso e hilariante frango engolido pelo goleirão auroriano, Dulsich. Que até os 41 da etapa final era o melhor em campo. Vai entender... Mas o ponto a ser discutido da partida é outro. Não sei se é coincidência ou sina, mas existe alguma força maior que impede o Grêmio de ganhar facilmente. Com o Grêmio, nada é fácil. Tudo é sofrido e por vezes, sofrível. Parece ainda que tal força intensifica-se quando joga-se uma Libertadores. O Grêmio jogou apenas 3 partidas na competição continental e TODAS elas deram motivos de sobra para um infarte fulminante aparece de supresa nos corações tricolores.

Mas nada supera o carma gremista na quinquagésima edição da Libertadores da América: os gols perdidos. De acordo com a contagem feita por torcedores e jornalistas, 34 é o número de CHANCES CLARAS desperdiçadas. Repita comigo: 34. Isso dá em média, 11 por partida. Detalhe: fizemos 3 gols, o que em média significa 1 por partida. 10 gols perdidos para cada um marcado. Absurdamente estranho. Inexplicaevelmente explicável. O time está sofrendo de alguma transtorno. Algo que não consegue controlar ao dar aquele último chute. Alguns chamam de ansiedade, outros de incapacidade. Prefiro chamar de TOPG. Transtorno Obsessivo Pró-Gol. A vontade é tanta de marcar, a gana de ver a bola entrar é tamanha que na hora de dar aquela caprichada, o capricho nem é lembrado.

E nada disso pode ser colocado na conta de Roth. O time vem bem. Até demais. Mérito dele. Mas não pode perder tantos gols assim. Até o sempre calmo, sereno e tranquilo Victor perdeu as estribeiras. A cada gol perdido resmungava, xingava e gritava para quem quisesse ouvir.

Mas vamos lá. Líder do grupo, ao menos. Tomara que nos próximos 3 confrontos o Grêmio redima-se e goleie cada adversário impiedosamente. Condição temos, total. Já deu pra perceber.

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