Não tem como. Toda a vez que a Justiça Desportiva brasileira tenta fazer justiça, ela comete pecados e, infelizmente, não tem ninguém para julgá-los. A ânsia em punir tudo o que vê pela frente faz o STJD tropeçar nas próprias pernas e cair de bunda no chão, escancarando a total falta de critério que possui esse órgão.
Em um ínterim de um mês, o STJD mostrou duas faces. Opostas, assimétricas e controversas.
Primeiro, puniu radicalmente Réver, Morales e Léo e depois, mudou de idéia num estalar de dedos; abrandou as penas e toca a banda, bola pra frente. Como se nada tivesse acontecido, a página foi virada. Ninguém vai falar mais nada porque os engravatados se arrependeram e, em prol do princípio da justiça, reduziram as suspensões dos jogadores gremistas. Deve-se entender que não se faz necessário discutir o mérito da decisão ou a justiça da sentença em si, qualquer um, gremista ou não, consegue enxergar a injustiça que foi feita com o time do Grêmio. Todavia, chama a atenção a extrema mutabilidade dessas decisões e a capacidade semelhante a uma lavagem cerebral que elas possuem. Mudaram da água para o vinho e rapidamente fizeram achar que todos senhores do STJD possuem um coração mole. Mas sabe de uma coisa, é só repercutir na mídia, fazer uma muvuca que alguma coisa vai mudar. Facilmente suscetíveis a alteração, é a imagem que fica.
O fato é que pelo menos, no caso do Grêmio, os auditores do famigerado STJD botaram a mão na consciência e viram que não há por que esfacelar uma equipe na reta final do campeonato. Todavia, o fizeram simplesmente jogando a sujeira para debaixo do tapete para melhorar a imagem de um órgão que atira para todos os lados mas nunca acerta nada. É rir para não chorar.
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