sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Entendendo Alex Mineiro

Alex Mineiro é um daqueles jogadores que vivem de gols. Come e dorme pensando nisso. Gols. Só esse ano foram 37. O quarto do Brasil. Um deles na marca de pênalti ali do Olímpico, balançando as redes do Victor. Aonde quer que chegue, a esperança de quem o contrata é que ele responda empurrando a bola para os fundo das rede. Não importa como.

Mas ele gosta é da pequena área. Foi ali que ele fez a maioria destes 37 gols. Curiosamente, uma parte considerável desse total surgiu a partir da cobrança de penalidades máximas, taxando-o, devida ou indevidamente, de "Artilheiro de Pênalti". A verdade está embaixo dos nossos narizes, Alex Mineiro é um sobrevivente do grupo de centroavantes clássicos do futebol brasileiro e que só está em campo para perseguir um objetivo: marcar, do jeito que puder. Se for de cabeça, sua especialidade, ótimo. Se for de pênalti, é gol do mesmo jeito. Caso tivéssemos alguém com essa mentalidade, provavelmente a taça de campeão brasileiro do ano de 2008 estaria na Azenha.

Antes mesmo de chegar, Alex Mineiro já percebeu as principais características do time e da torcida, que o fizeram optar pelo Grêmio em um viés de dúvida entre dois times que disputarão a Libertadores. Sem medo de errar já disse que a torcida do Grêmio é muito fanática e que demonstrou estar sempre com o time. Sinal de que mais gente do que esperávamos prestou atenção nos minutos finais do jogo contra o Atlético Mineiro. Com certeza, sua promessa não poderia ser outra a não ser dar o retorno e fazer os gols que a torcida espera. Além disso, percebeu que ia entrar em um time copeiro e já mandou que, primeiramente, tem que buscar um espaço dentro da equipe e mostrar que tem condições de ser titular.

Mais importante que chegar, fazer gols e dizer adeus é sair fazendo com que o torcedor sinta saudades. Alex Mineiro parece ter chegado disposto a fazer isso. Que o faça.

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